Ao sair de casa
esta manhã eu sabia
que não era um dia
como outro qualquer.
Tinha chovido
e fazia sol
e uma nova alegria
(ou mais uma chuva?)
ameaçava.
Andando na rua
algo dizia
vindo do fundo
que o dia não era
como outro qualquer.
Peguei “Todos os estados da luz”
na revistaria
e algo na rua
lembrou o espírito
da alvorada.
O olhar vadio buscava
a cada volta
de cada esquina
alguma outra
coisa qualquer.
Eu pressentia
na minha pressa
que alguma coisa
por uma fresta
queria entrar.
E percebia
nesse momento
que algo de dentro
num movimento
se insinuava.
Era a lembrança
de um outro dia
ou hoje era o dia
da transformação
de toda uma vida?
Alguma coisa
pairou na vitrine
por um momento
como um reflexo
de algo distante.
Imagem fugaz
e evanescente
transformada
rapidamente
num fantasma.
Então surgiu na calçada
em minha frente
saindo do sonho
da madrugada
Você e sorriu.
Posso dizer que bonito, Louie? Que bonito, Louie. E mais não direi.
ResponderExcluirApesar das parcas qualidades literárias do meu texto...
ResponderExcluirApesar... bobinho que só ele...
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