9:00 hs. Penduro a Mandala que você me deu. Ela é de vidro, colorida e transparente. Preciso encontrar um lugar na sala, diante da janela, para obter o melhor resultado que a combinação de luz e cores pode proporcionar. É como ajustar o foco de uma lente. Infelizmente a luz da janela é muito difusa, e não projeta nenhuma imagem, qualquer que seja o lugar onde eu a coloque.
11:00hs. Fui procurar as pilhas para por na câmera fotográfica. Não me sobraram. Você as levou para o seu passeio. Será preciso comprar novas pilhas. Pensei em fotografar a Mandala. Mas para quê?
13:00 hs. Comprei novas pilhas. Agora é preciso colocar na tomada de força e esperar que elas carreguem. Continuo esperando...
14:00 hs. Que passeio você estará fazendo agora?
15:00 hs. O tempo demora muito a passar quando se espera.
16:00 hs. Tomei uma atitude, e para não ficar olhando a cara dela, joguei aquela revista nojenta no lixo!
17:00 hs. A luz do dia se esvai lá fora aos poucos...
18:50 hs. O dia acabou, mas as pilhas ainda não carregaram.
19:00 hs. Talvez amanhã faça sol...
Por hora, o registro feito na feira.
E nada como um dia na vida após o outro...
ResponderExcluirHoje o sol não saiu e fez frio. Mas entre o meu passeio, os seus anseios e os meus, a espera sentida como abandono e o céu cinzento de hoje, houve um sábado ensolarado em que a vida ficou leve como um balão e tudo o que poderia incomodar ficou longe, tamanho miniatura... às vezes, só a espera torna possível dimensionar a riqueza de um momento. Talvez isto também funcione para a refração de uma mandala, não sei. Mas sei que isso funciona para os passeios do coração. Obrigada pelo presente, meu amor!
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