Para que as raízes e as asas cheguem juntas.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ah! Mar

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Não basta amar. Tem que parecer que ama. Tem que participar. Tem que saber amar. Ôoo verbinho difícil de conjugar. Esse, ao contrário de outras habilidades – como andar de bicicleta que ou se aprende cedo ou não se aprende mais – é amigo do tempo, é uma questão de prática, de maestria.

Não me refiro à experiência porque isso cheira a malandragem, a domínio de técnica, mas de tempo mesmo, na mais pura acepção da palavra. Aquele que se aloja nos vãos das rugas dos velhinhos enamorados, que faz os cabelos brancos virarem prata como as luas cheias. Infindáveis e mornas luas cheias.

Esse senhor que já não veste vermelho há tempos. Que agora se adorna com um manto quase branco de imaculado, pois que a cada segundo se refaz de ponta a ponta, não sobrando nada do sofrer de ontem no amor de hoje.

Penso que todos os grandes amores deveriam ser vividos na praia. É onde eles ficam mais bonitos. Tomam ares de eternidade, como nas fotos de turismo, onde seremos sempre livres e plácidos como um mar de verão.
 
Na praia, o amor é onipresente. Até mesmo para aquele que, sentado na areia, se entrega ao por do sol chorando a falta do seu amor que está preso numa dessas armadilhas da vida nas cidades. Pobres desses amores que nunca vêm, para os quais a montanha não é o caminho da felicidade e sim um muro difícil de transpor. 

Sinto ainda por aqueles que não conseguiram sobreviver ao próprio amor – que isso é coisa de gente corajosa – e o deixaram vagando pelas ondas e areias como uma lembrança e onde ele lá ficará como cão sem dono, talvez para sempre.

Mas aqueles que deixaram um amor ir porque ele estava mais para desamor e o amor próprio venceu, estes sim são reais amadores, amantes, portadores do amor. Para esses, o ser amado é apenas uma realidade aparente e impermanente, um ser que compartilha e não o objeto em si. Se o ser amado já não existe mais, o amor se transforma em bênçãos para o mundo. Amor não combina com dor.

Vejo o amor-presente nas dezenas de casais brancos como pombos, caminhando de mãos dadas no meio da rua, pondo suas mãos ao mesmo tempo na fruta a ser escolhida na banca do supermercado, ajeitando a roupa desajeitada do outro, nas centenas de olhares trocados num tempo em que se sente tanto, que as palavras já ficaram sem sentido.  
Para ser feliz assim é preciso coragem... De arremessar-se nu num céu de abóbada de um azul infinito, sem querer promessas de amparo. É preciso ainda saber ficar quietinho no fundo do sofá da sala por dias e dias, até que o vento vá, que a chuva cesse, que o mar se acalme, que alguém venha enfeitar o ar entre as suas paredes... Sem se perder. 

O poeta tinha razão – o amor de fato, o amor de graça, esse começa tarde. É impossível saborear seus doces frutos em meio às tempestades da pele fresca e dura onde borbulham feromônios, quando sempre se quer chegar sem nunca estar em lugar algum. Depois, passada a angústia da juventude, ele vem como um profiterole, um petit gateau. O céu na terra. Com direito a banhos de mar nas águas de março. Mornas, maduras e vivas, onde o corpo – esse velho conhecido – se funde e o coração cansado encontra antecipadamente aquilo que virá. Depois de tudo já experimentado, ele vem. Mesmo que desencarnado, mesmo que vestido de memórias, mesmo que sozinho guardado dentro do peito, ele vem.

E então, é só celebrar. Com beijos, afagos e afetos, com champanhe na beira da praia em noites quentes de lua... Com a areia deslizando áspera sob cada curva do pé, com banhos de mar intermináveis de onde se sai sempre pronto para o que der e vier... Com saudade do tão bem vivido...

Com a alma inteira no ato de amar.

por Fernanda de Aquino no Correio do Litoral
Dom, 17 de Outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Retorno al desierto

Valle de la Luna e Valle de Marte, não encontrei a discriminação entre um e outro em nenhum mapa. Ao que parece, Vale de Marte é uma parte da região, onde a Nasa até fez testes de veículos, para a missão a Marte, pela similaridade que tem este relevo com o do planeta vermelho. Lembro-me de Paola ter feito alguma menção a isso.


Não se pode ter a noção da grandiosidade, do tamanho dessas coisas pela foto. Mas, para dar um panorama:


O Licancabur, à direita, tem quase 6000 metros de altura e está, desse lugar onde nos encontramos, a uma distância de mais ou menos 40 km. O Putana está a uns 70, mais ou menos a distância de Curitiba a Ponta Grossa.

E fazendo um zoom na bola vermelha...


...dá para ver uma van (com turistas) lá nas dunas do vale. Ficamos imaginando que poderia ser uma daquelas naves saída de "Star Wars", do George Lucas. O nosso Lucas Jedi que o diga!

Continua a campanha com apoio do Chico

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quer liberdade? Então, pule!

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Last Walk Around Mirror Lake - Boom Bip (Boards of Canada Remix) from FroschYankee on Vimeo.

 Na sequência, recomendo Yimino.

Tive que chupar isto da CS Revue. É bom demais!

Viagem ao Atacama V

No terceiro dia, exploramos as redondezas de San Pedro de Atacama.



Esta formação sedimentar de areia, argila e sal é conhecida como 'Anfiteatro'.


Nossa guia Paola assinala que las formaciones del valle se asemejan a fueles de acordeón.


Pero, mirando desde lejos, se asemejan mismo a crateras lunares.
Es el Valle de la Luna.

sábado, 16 de outubro de 2010

Intervalo para anti-propaganda política

Notícia de Última Hora

No covil de Brasília, o Bando já instalado, agora só falta sacramentar a ex-guerrilha e assaltante-de-bancos como Presidente da nossa malfadada República e pronto! A Lula Gigante pode ir descansar.

Voltamos em seguida com nossa programação normal.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Viagem ao Atacama IV

Continuacción

A pequena vila de San Pedro de Atacama, com suas ruas de chão batido, suas casas baixas de adobe (argila) e lojas de artesanato (boliviano) não é nada impressionante,  mas é acolhedora e cosmopolita. Milhares de visitantes de todos os lugares do mundo circulam por ali. Mais surpreendente foi a quantidade de brasileiros que encontramos, talvez porque, no Brasil, era a Semana da Pátria. No Chile, antecipava-se a comemoração do Bicentenário..., e as casas (todas, por lei) ostentavam a bandeira nacional.


Logo virando a esquina da rua Caracoles (essa que se vê na foto, a principal) ficavam nossas acomodações no singelo porém confortável e simpático hotel Kimal (construído de adobe na exemplar arquitetura própria del desierto).


O melhor de San Pedro, entretanto, es sus alrededores, coisa que vamos começar a explorar na terceira etapa de nossa jornada. Depois de uma boa noite de sueños.

Quem comprou

pensando na lucratividade do negócio...


...terá que vender agora!

Carta de uma senhora brilhante, em resposta a uma petista

A propósito dos 80% que aprovam o Lula, vale ler, apesar de longa, essa troca de e-mails entre duas eleitoras.

Uma mãe mandou para a filha um e-mail sobre o passado negro da Dilma.

A filha repassou o email para seus amigos que, por sua vez, o repassaram para amigos.

Aí uma petista se achou no direito de dar uma lição de moral na mãe.

Vale a pena ver as mensagens trocadas.

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Da Lígia (a petista) para a mãe, Sra. Maria Luisa Faro:

"Mamãe que feio!!!!...ensinando a sua filhinha a acreditar nos absurdos que escrevem na internet?
Acho melhor incentivá-la a estudar a história do Brasil e deixar que ela mesma tire as suas próprias conclusões, afinal quem estudar a história do Brasil, entenderá que nunca o nosso país esteve tão bem como hoje, tão forte na economia mundial, tão evidente, tão em crescimento e desenvolvimento quanto esteve nesses 8 anos de governo Lula!!!!
E agora o que acontece? Acontece que a oposição está desesperada, porque está vendo o quanto o POVO está satisfeito (governo Lula tem 88% de aprovação da população, aprovação que nenhum governo nunca tinha tido antes na história e aí vem me dizer que é porque o povo é ignorante? Não não meus queridos, o povo está satisfeito porque nunca teve tanta oportunidade, nunca teve tanta comida na mesa, nunca teve tanto emprego, isso sim) o quanto o Brasil cresceu e aí a única alternativa que resta é APELAR…. Apelar para a ignorância, para a mentira e para a ingenuidade de pessoas inocentes e que acreditam em todos os absurdos que circulam por aí…….então fica a minha dica: pesquisem!!!! Vejam o que realmente é verdade!!!

Ligia Rodrigues"

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Ao que a mãe respondeu:

"Cara Lígia:

Da educação da minha filha cuido eu e decididamente não preciso da sua ajuda, embora agradeça seu interesse.
Se você imagina que eu seja alguma semi-alfabetizada, desconhecedora da história e que me socorra apenas da Internet, para compor a minha (in)formação, como lamentável e invariavelmente procede a maciça maioria dos jovens da sua geração, saiba que sou do tempo em que se liam livros e se redigia em bom português.
Tenho 58 anos, sou mestre e doutora em Direito Ambiental pela PUC–São Paulo, professora universitária e brasileira que lê. Porque leio, tenho a nítida compreensão do embuste que representam os tais 80% de popularidade disto que você chama de presidente e que eu prefiro chamar de populista barato, parte de uma corja que tomou de assalto este país, no maior estelionato eleitoral já visto na história brasileira. Estelionato, porque esta malta petista se elegeu sob as vestes imaculadas da correção, da ética e da transparência na política. Vendeu produto podre, cara Lígia, e você, consumidora desavisada, está comprando.
Todos que fomos formados na hostes da esquerda brasileira, da década de 60 e 70, os que lutaram contra a ditadura (você seguramente não viveu o período sinistro da ditadura), dando a cara para a polícia militar bater, não raro comprometendo vidas profissionais em razão de envolvimentos políticos, em nome da restauração da democracia neste país, sentem-se ludibriados, enganados e feitos de palhaços pelo PT de hoje.
Eu, que já fui eleitora de José Dirceu, sou obrigada a assistir cenas explícitas de sua “competente” coordenação na montagem do mensalão, um deslavado programa de compra de apoio de parlamentares, cuja tarefa, em contrapartida ao dinheiro (seu e meu) que receberam mensalmente do PT, era, invariavelmente votar a favor DE TUDO que se lhes fosse requisitado. Saiba que aí começam os 80% da “popularidade” do seu presidente. E Lula, que sempre dormiu dentro do pijama de José Dirceu, nunca soube de nada... Eleitora de José Genoíno que também já fui, igualmente, sou também obrigada a assistir cenas explícitas de suas atividades como gerente do mensalão, como chefe dessa organização criminosa que se instalou no poder, sob a batuta, beneplácito e complacência de Lula, PARA QUEM TUDO SE PASSA, COMO SE NADA SE PASSASSE (até porque ele já resolveu a situação econômica até da quinta geração de seus descendentes, através da fortuna amealhada por seu filho, um ex-vigia de um zoológico no interior São Paulo e hoje trilhardário (dificilmente em razão de seu trabalho e sua competência...).
Dólares na cueca, Waldomiros... a lista é infindável. Mas, o mais monumental e ousado estelionato perpetrado contra a população deste país pela malta petista, está no “golpe de mestre” engendrado para viabilizar a reeleição de Lula: tomar dinheiro público, do erário, portanto, seu e meu, e distribuí-lo aos borbotões para a sofrida população carente do norte e nordeste, literalmente comprando o voto desses coitados (cada bolsa-alguma-coisa rende, por baixo, 6 votos, que é o tamanho de uma família média do norte e nordeste).
Então, faça as contas e veja de onde vem a popularidade de seu presidente: maciçamente oriunda da adesão incondicional desses coitados, que não têm a menor idéia e nem sabem do que há embutido no dinheiro que recebem. Se eu fosse eles, tampouco quereria saber. Como não sou, sei: o PT copiou o projeto original de redistribuição de renda, concebido e operacionalizado inicialmente em Brasília, mudou o nome do programa como se cria sua fosse e, em mais um de seus estelionatos, assumiu a paternidade do programa, sem nunca ter tido a decência de dar CRÉDITO AO GOVERNO ANTERIOR QUE O CONCEBEU E IMPLANTOU. Com uma abissal diferença, porém. O projeto original era vinculado a contrapartidas, como pré-requisito para a concessão da bolsa. Isto se chama investimento público e não aleluia com dinheiro público, distribuído obedecendo ao único e exclusivo critério de que cada bolsa-alguma-coisa, rende, como rendeu na reeleição de Lula, no mínimo, 6 votos.
Então, Lígia, saiba que a popularidade desse presidente que lhe representa (a você, porque a mim não representa) tem o MESMÍSSIMO LASTRO, ORIGEM, NATUREZA, PERFIL E FORMATAÇÃO DO APOIO INCONDICIONAL que Lula recebeu dos parlamentares da Câmara Federal, durante o mensalão. E o dinheiro usado nessa mera transação comercial, aferível através de matemática simples, é seu, viu? Lula passou sua vida fazendo bravatas, como ele próprio admitiu. Como parlamentar, teve atuação pífia. Nunca se ouviu falar de um projeto de lei de sua autoria. Claro, pouco afeito à leitura, como ele próprio afirma, dele não se esperaria nada diferente. Como presidente, sem a menor afinidade com a rotina e a disciplina inerentes ao expediente, gastou seu tempo - à guisa de entabular “negócios” com outros países - literalmente rodando mundo, fazendo propaganda de si próprio, como o "coitado" (!) que deu duro e venceu. Saiba que europeus e americanos amam o “exotismo” dos países periféricos (candomblé, mulher pelada no carnaval, favela, etc.). Digo isto porque morei um ano nos E.U. em intercâmbio quando jovem, estudei Direito Internacional Público na Universidade de Edimburgo na Escócia, durante minha época de graduação em Direito e lecionei, por 7 verões consecutivos Direito Ambiental Brasileiro na graduação e no Mestrado da Universidade de Louvain, na Bélgica. Portanto, manjo bem o espírito com que europeus e americanos vêem o Brasil e a figura "exótica" de seu presidente. Pergunte se eles elegem populistas e políticos que mal sabem ler e escrever...
Seu presidente, semi-alfabetizado que é (e isto é uma vergonha sim senhora!, para uma criatura que se dispôs a representar os brasileiros), não obstante, carrega sua falta de estudo como um troféu. Nós merecíamos, no mínimo, que ele tivesse se dado ao trabalho de dominar as regras básicas da língua portuguesa, porque teve sim chance, teve sim, tempo e teve sim, condições de estudar, se tivesse a aptidão que não tem, para a disciplina inerente a qualquer atividade de aprendizado. Marina, por exemplo, alfabetizou-se aos 16 anos. Teve vida incomensuravelmente mais sofrida do que a de Lula e não envergonhou a ninguém como parlamentar e ministra que foi, e jamais vociferou discursos na base do “menas gente” e “entendo de que...”. Palanqueiro, demagogo, populista admirador das pataquadas de Chaves, de Ahmadinejad et caterva, seu presidente semi-alfabetizado confunde “prisioneiro político” com “prisioneiro comum”, como o fez, para a imprensa internacional, no episódio de Cuba (você se lembra, do prisioneiro político cubano que morreu em greve de fome exatamente no dia em que Lula chegou a Cuba, episódio sobre o qual seu presidente, no melhor estilo Odorico Paraguaçu, declarou: “se a moda pega, as cadeias brasileiras ficariam vazias!!!!?). Sem comentários.
Enquanto o mundo se empenha para banir a ameaça nuclear, seu presidente cruza o planeta com sua troupe, às custas de dinheiro público, para passar a mão na cabeça de um ditador sanguinário (vide dados recentes acerca das eleições e repressão à oposição no Irã) e negociar, sem ter mandato da comunidade internacional para isto, exatamente no papel de "bobo da corte" (foi assim que a comunidade internacional interpretou sua atuação no episódio) em torno do enriquecimento do urânio no Irã. No dia seguinte ao tal “acordo”, que Lula festejou para a imprensa internacional como um feito monumental, o ditador do Irã confirma para essa mesma imprensa, que “vai continuar enriquecendo urânio sim!" como se Lula sequer lá tivesse estado. Bem feito! É isto que acontece quando se tem para conselheiro em política internacional “especialista” do calibre de um Marco Aurélio “top top” Garcia (lembra-se da comemoração furtivamente filmada no interior do Palácio do Planalto, assim que o jornal da Globo noticiou que o acidente da TAM se dera em razão de falha humana e não em razão das condições da pista de Congonhas? Melhor teria sido até que as famílias das vítimas não tivessem testemunhado essa cena no Palácio, por parte de um assessor tão próximo do presidente).
Escárnio, em nome de ganho político a qualquer preço. Esta é a política do PT atual, eleito com as vestais imaculadas da correção e da ética que vendeu e você comprou. Não satisfeito, obtuso por desconhecimento da história, seu presidente se arvora de “vírus da paz”, no conflito do Oriente Médio que é BÍBLICO (sabe o que significa isto?). O mundo e a ONU se empenham HÁ DÉCADAS tentando compor este conflito de interesses que já produziu um número incalculável de mortes. Lula achou que ele era o cara! É ter-se em alta conta demais, para quem seguramente sequer se debruçou sobre um manual de história geral do segundo grau. Diz o ditado: dá-se mala para andante, já pensa que é viajante... Alguém precisa dizer-lhe, “se manca Lula!".
Seu presidente tem muitas qualidades, Lígia, mas levar a sério a expressão do Obama "that´s the guy" (que, SEM A MENOR DÚVIDA, foi proferida em razão das graças e piadas que são a forma através da qual Lula se afirma, nessas reuniões políticas, nas quais depende inteiramente de alguém para traduzir o que se passa...), é muita pretensão. Não acho que presidente brasileiro tenha por obrigação falar inglês, não. Mas, convenhamos, é uma vergonha um sujeito que sempre quiz ser presidente, não ter se dado ao trabalho de estudar uma língua estrangeira, em deferência aos brasileiros, para bem representar seu país. Mas não, dá-lhe pinga, piada e futebol. É assim a metáfora que faz, de nós brasileiros, no exterior. A mim, me ofende como cidadã e me envergonha como brasileira. Ah, mas ele é super popular no exterior! É a admiração de que não precisamos.
Americanos e europeus gostariam, tenha certeza, ainda muito mais, se nosso presidente fosse o Raoni (com todo o respeito e reverência que devemos aos sobreviventes das nossas comunidades indígenas, estes sim, vítimas de uma política indigenista de extermínio, perpetrada por nós brancos, ao longo de todos os governos anteriores, inclusive por este, do PT. Eleito pela primeira vez porque significava a mudança e a ética, fez um primeiro mandato durante o qual NÃO TEVE CULHÕES para implementar nada do que apregoou durante a campanha. Literalmente DEU CONTINUIDADE às iniciativas do governo Fernando Henrique, pelando-se de medo da inflação voltar e não ter a envergadura que teve Fernando Henrique, como estadista que foi, de aniquilar uma inflação que já estava no DNA dos brasileiros, de tão endêmica e embutida na psiquê do brasileiro. Descobriu, depois da posse, que os rumos do governo não poderiam nem deveriam ser diferentes daqueles adotados no governo anterior.
Mas achou forma de “faturar” em cima do mérito alheio. Até os índices positivos de safras de grãos recordes, obviamente fruto de políticas agrícolas do período anterior, foram colhidos e computados pela máquina publicitária do governo petista como se fossem fruto do governo que mal iniciara... Saiba que o que a máquina de propaganda deste governo apelidou de "herança maldita", foram os acertos dos governos anteriores que caíram no colo de Lula, ou alguém tem a ilusão de que implantação de políticas, de infra-estrutura, etc., rendem respostas no dia seguinte em que são implantadas?
A crise internacional, que se festeja não ter chegado no Brasil, realmente não faz grandes marolas em um país que tem uma monumental parte da sua economia no plano informal, longe dos números oficiais. Este país anda, Lígia, com Lula, sem Lula ou com cover de Lula. Não é ele o artífice de nenhuma proeza política. É, sim, o artífice de uma monumental máquina de propaganda governamental, isto sim, "sem precedentes na história deste país". Aliás, nem acredito que o mérito seja dele, porque ele é apenas a marionete à frente da cortina nesse teatro, por ser palanqueiro e empolgar a massa como Goebels fez na Alemanha nazista e, menos votados como Jânio Quadros e Collor, fizeram no Brasil.
Deu no que deu, se você conhece história. Na era da televisão, usando dinheiro público na manutenção do circo, vende o produto Lula deslavadamente na embalagem que quer (vide esse programa virtual, que é mera versão e não fato, chamada PAC) para uma população infelizmente consumidora de novelas na telinha. A maciça maioria da nossa população não lê jornais. Ou você acha que é mera coincidência que ele não se elegeu nos estados do sul e sudeste, onde os índices de analfabetismo são muito menos drásticos?
Lula é produto da desinformação e do analfabetismo de um lado e, de outro, do oportunismo de segmentos que viram no governo Lula a chance de se candidatar a uma das tetas dentre as inumeráveis (vide o número de ministérios que criou, para manter com o seu dinheiro) para, na base do clientelismo, perpetuar-se nas benesses do poder e usufruir das mamatas que sobejamente conhecemos. A próxima mamata para os petistas é a nova estatal criada para cuidar do pré-sal. Aguarde para ver o número de cabides de emprego para acomodar petistas que serão criados. Ah, sempre foi assim? Ah bom, pensei que o PT, durante 20 anos pregando o contrário, fosse o partido da ética e de políticos honestos, porque foi isto que venderam a mim e à população brasileira... Era bravata? Ah bom. Então tá.
Em tempo: assine um jornal. Se há alguém mal informado aqui, talvez não seja exatamente a minha pessoa.

Maria Luisa Faro."

por Rosangela Bolze, sexta, 17 de setembro de 2010 às 12:19

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Olha aí velharada, ouçam, percebam, prestem atenção nisso...

...principalmente você, funcionário, profissional, educador, porque bem pode ser uma aspiração de seu filho!



LIBERTAS QUAE SERA TAMEN

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Viagem ao Atacama III

De Calama a San Pedro é pouco mais de uma hora de viagem, por uma estrada muito bem conservada, plana e quase reta. Soube depois que o que parece asfalto é, na verdade, uma mistura de argila, sal, areia vulcânica e água, em determinadas proporções, que não resistiria a uma pequena chuva.

Mas não chove.

E, mesmo assim, no deserto, não falta água!

Poblados, como San Pedro de Atacama, são oásis nesse deserto, com suprimento próprio d'água, vinda das montanhas nevadas dos Andes, por debaixo. Coisa que a natureza oferece, e os chilenos preservam. E nosotros, como turistas, admiramos!

Nesse lugar seco, aparentemente inóspito, a vida floresce.

Viagem ao Atacama II

Segundo dia de viagem

Nessa altura dos acontecimentos, tudo perfeito, quase como lavar com OMO! E o vôo da Lanchile, digo, o lanchinho servido a bordo, melhor que o da Tam.
Uma hora e tanto até Calama.
Chegamos ao portal do deserto! É possível já sentir seu clima, o ar rarefeito por causa da altitude de mais de 2000 metros, e a baixa umidade, em torno de 5 por cento. Nenhuma nuvem no céu. A infra-estrutura no aeroporto é mínima, como convém a um lugar como esse.


Calama (uns 4000 habitantes) é um centro logístico (ficamos sabendo disso depois) no que diz respeito a abastecer os povoados do deserto com itens básicos, como frutas (e que frutas!), hortaliças (e que hortaliças!), e turistas (como nós!).
No nosso roteiro dizia: "No aeroporto de Calama, procurem pela empresa de transfer dentro do aeroporto. Estarão com uma placa com seu nome". Não havia ninguém, pela primeira vez desde o início de nossa excursão. Quem nos recebeu foi esse cara aí:


Sei o que ele queria dizer, pois tivemos algum tempo de ir ao banheiro.
Fizemos algumas ligações telefônicas (nessa hora es bueno tener unas quantas monedas) e descobrimos que nosso transporte tinha ficado sem bateria, ou algo assim... (e o cara na linha falava português!)...
Em resumo, depois dos recomendados 20 minutos de espera, mais ou menos...



...nosso táxi chegou, e estávamos a caminho de San Pedro de Atacama.


Sin restricción.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Viagem ao Atacama

Muita gente acha que não há porque ir ao deserto, que não é um destino atraente ou turístico. Claro, se a idéia é ir às compras em ambiente climatizado, melhor esquecer. Não há Shopping no deserto, só nos aeroportos (de passagem, para quem vai de avião), e o clima...
Para mim, meus companheiros, e toda aquela leva de alemães, canadenses, belgas, franceses, e... brasileiros (muitos), foi pura aventura. Adrenalina em dosagem adequada ao perfil mais ou menos esportivo de cada um, incluindo o meu. E também dessa turma de motoqueiros suiços aí, que encontramos pelo caminho:



Não muito diferente da deles, a nossa aventura começa com a famosa 'via crucis', conhecida de todo aeronauta: embarque em Curitiba, pela manhã (bem) cedinho para São Paulo, tomar outro vôo para Santiago (lá pelas tantas), dar tchauzinho para Curitiba novamente passando por cima, e chegar (quase) ao destino, à noite. Para efeito de cômputo: são umas doze horas de andanças, para lá e para cá, entre check-ins, despacho de bagagens (a maior parte das coisas vai simplesmente viajar sem nem ver ou sentir o ar da paisagem), engulir alguma comida aeroportuária, etc., e umas quatro horas efetivas de vôo.
Até aqui.
Em Santiago, somos aguardados por Juan, um chileno engraçadíssimo, que faz nosso translado ao hotel. De cara nos pergunta se viajamos com bolsa-turismo do governo Lula. Como rimos da piada, ele se sente à vontade para desfiar todos os chistes imagináveis sobre a bandalheira que é a nossa política. Ficamos espantados com o nível de informação do sujeito, e ao cabo de meia hora de sua palração, (num tom de como é vocês podem ser tão burros?) tive vontade de me esconder em baixo do banco da Van, com vergonha de ser brasileiro.
Enfim, um descanso de uma noite no excelente hotel Atton el Bosque, graças à nossa excelente assessoria de viagem, (contratada, por sua vez, pela minha ainda mais excelente companheira e mentora de viagens Luciana), uma refeição decente no Pub da esquina (num clima musical bastante acolhedor, graças a Deus, pois fazia muito frio!) e, estamos prontos para embarcar novamente, (bem cedinho), para Calama. Mais algumas piadas de Juan pelo caminho até o Aeroporto, desta vez sobre os argentinos. Me senti um pouco mais confortável.