Para que as raízes e as asas cheguem juntas.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Viagem ao Atacama

Muita gente acha que não há porque ir ao deserto, que não é um destino atraente ou turístico. Claro, se a idéia é ir às compras em ambiente climatizado, melhor esquecer. Não há Shopping no deserto, só nos aeroportos (de passagem, para quem vai de avião), e o clima...
Para mim, meus companheiros, e toda aquela leva de alemães, canadenses, belgas, franceses, e... brasileiros (muitos), foi pura aventura. Adrenalina em dosagem adequada ao perfil mais ou menos esportivo de cada um, incluindo o meu. E também dessa turma de motoqueiros suiços aí, que encontramos pelo caminho:



Não muito diferente da deles, a nossa aventura começa com a famosa 'via crucis', conhecida de todo aeronauta: embarque em Curitiba, pela manhã (bem) cedinho para São Paulo, tomar outro vôo para Santiago (lá pelas tantas), dar tchauzinho para Curitiba novamente passando por cima, e chegar (quase) ao destino, à noite. Para efeito de cômputo: são umas doze horas de andanças, para lá e para cá, entre check-ins, despacho de bagagens (a maior parte das coisas vai simplesmente viajar sem nem ver ou sentir o ar da paisagem), engulir alguma comida aeroportuária, etc., e umas quatro horas efetivas de vôo.
Até aqui.
Em Santiago, somos aguardados por Juan, um chileno engraçadíssimo, que faz nosso translado ao hotel. De cara nos pergunta se viajamos com bolsa-turismo do governo Lula. Como rimos da piada, ele se sente à vontade para desfiar todos os chistes imagináveis sobre a bandalheira que é a nossa política. Ficamos espantados com o nível de informação do sujeito, e ao cabo de meia hora de sua palração, (num tom de como é vocês podem ser tão burros?) tive vontade de me esconder em baixo do banco da Van, com vergonha de ser brasileiro.
Enfim, um descanso de uma noite no excelente hotel Atton el Bosque, graças à nossa excelente assessoria de viagem, (contratada, por sua vez, pela minha ainda mais excelente companheira e mentora de viagens Luciana), uma refeição decente no Pub da esquina (num clima musical bastante acolhedor, graças a Deus, pois fazia muito frio!) e, estamos prontos para embarcar novamente, (bem cedinho), para Calama. Mais algumas piadas de Juan pelo caminho até o Aeroporto, desta vez sobre os argentinos. Me senti um pouco mais confortável.

2 comentários:

  1. Deu uma saudade ao ler e reviver tudo isso! De fato, essa é uma viagem às entranhas... da terra e de si mesmo! Merece o registro. Que bom que vc o fez!!!

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  2. Que Deus me dê forças para chegar ao final! Tem muito para relatar ainda, não é mesmo?

    De saída, obrigado por isto, minha querida!

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